sábado, 12 de maio de 2012

Ler é Preciso! - apresentação da leitura encenada


No dia 24 de abril, na Biblioteca do Agrupamento de Escolas do Cerco, o 10.ºC e o 10.ºD de Literatura Portuguesa apresentaram ao 2.ºA da EB1/JI da Corujeira uma leitura encenada de "Uma história que começa pelo fim", um dos contos que faz parte do livro Histórias que me contaste tu, de Manuel António Pina.





Ler é Preciso_dramatização

Sob o signo da subversão




Sob o signo da subversão,
"Uma história que começa pelo fim”,
de Manuel António Pina.
   

Manuel  António Pina  subverteu os cânones da literatura tradicional, assim, ao invés de iniciar o seu conto como habitualmente: “era uma vez”, “há muito, muito tempo” e de narrar  o desenvolver de um conflito, que no fim acaba bem, prefere começar pelo fim.
    O autor, desta forma, frustra as expetativas do leitor, pois não segue os trilhos habituais do conto tradicional: o início é o fim. De facto, quantos de nós já não se questionaram sobre o depois do “foram felizes para sempre”?
 Diz-se que palavras como “sempre” e “nunca” devem ser evitadas, não é isso que o narrador faz, ele questiona-as: “o que é para sempre?”.  E vai mais além: pode ser-se feliz para sempre? O que é ser feliz? Como se mede a felicidade?
Para “desmontar” algumas ideias feitas, M.A.P.  coloca um príncipe e uma princesa numa situação absurda: aborrecidos com a monotonia do “felizes para sempre”...


Uma história que começa pelo fim 10.ºC/10.ºD - Literatura Portuguesa - cercarte.blogspot.com

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Oficina de Escrita - III

Os alunos do 12.º ano, face ao desafio da prof. Paula Morais, elaboraram alguns comentários ao fime "A Maior Flor do Mundo" , relacionando a história aí contada com as interrogações retóricas finais:

“E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos?

Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?”

José Saramago


A maior flor do mundo de Saramago

No início do vídeo vemos o pai do menino a colher um pequeno arbusto na beira da estrada, deixando a flor, privando-a da sombra do arbusto de que ela necessita.

Logo, a flor começa a murchar por a luz do sol ser demasiado intensa. Quando a criança a encontra sente pena dela (empatia) e decide ajudá-la. Ao contrário de um adulto, que provavelmente não se aperceberia da flor, a criança, com muito esforço, força de vontade e perseverança, consegue salvá-la. O adulto passaria pela flor sem se dar conta do seu valor, continuaria a andar indiferente ao mundo que o rodeia, sem ver o bom das coisas e a sua beleza interior, visto ela não ter valor monetário e material. Pensamos que as crianças têm muito que aprender, contudo, se os adultos prestassem mais atenção às crianças, aprenderiam mais do que alguma vez julgaram possível. As crianças possuem uma sabedoria inata e única que os adultos não entendem. Os mais velhos já se esqueceram como é ser criança: já não conseguem aceder à criatividade e imaginação, a janela para a terra dos sonhos em que tudo é possível. Para tal basta simplesmente acreditar e foi porque o menino acreditou que a flor se tornou a maior do mundo. A maior parte de nós perde aquela inocência essencial que nos torna puros e bondosos, quando nos tornamos adultos. Faltam-nos os valores inatos das crianças como a humildade e solidariedade. Talvez se os adquiríssemos de novo, o mundo fosse melhor.

Penso que os adultos beneficiariam ao ler histórias para crianças, mas duvido que aprendessem muito, os adultos irão sempre ser adultos. A nossa opinião sobre livros para crianças não os valoriza, mas neles estão lições de moral e de vida indispensáveis ao nosso desenvolvimento como indivíduos e se os interpretássemos podia ser que fôssemos melhores pessoas.

Andreia Moreira nº6 12ºA

A maior flor do mundo de Saramago

De facto, um escritor de histórias para crianças tem que ser capaz de escrever com palavras simples, pois estas não são portadoras de um vocabulário vasto ou complicado. Estas histórias devem ser belas e conter uma moral de fácil compreensão, mas que cause um certo impacto no leitor de forma a que este mude as suas atitudes e pensamentos perante o mundo em que vive.

Contudo, é necessário equacionar o facto de se estes contos fossem impingidos aos adultos, estes seriam capazes de entender estas mensagens subliminares que há tanto tempo tentam ensinar às crianças.

De facto, os adultos são capazes de percebê-las, mas quando chega a altura de as pôr em prática já não são tão propensos a tal. São inúmeras as vezes que ouvimos dizer que devemos proteger o ambiente pois esse é o nosso habitat, ou que devemos respeitar a natureza pois é ela que nos permite a sobrevivência... mas a cada dia que passa o que realmente ocorre é completamente o inverso. O ser humano tem desprezado a sua casa tornando-a num local sujo, poluído e tem dizimado os seus recursos. Também nos dizem que quando tiramos algo, devemos substituí-lo por algo de valor equivalente, como se de uma troca se tratasse, para que o equilíbrio se mantenha. Mais uma vez isso não se traduz na atitude da raça humana perante o planeta. Retiramos tudo o que precisamos dele, sem uma única vez agradecermos o privilégio que é poder viver num mundo capaz de nos sustentar, sem pensar que um dia poderá não o fazer mais pois exploramo-lo até ao limite das suas reservas naturais.

Então, a pergunta mantém-se. Se os adultos tentam ensinar às crianças como agir, torna-se inexplicável o facto de eles não atuarem conforme o que lecionam. O ser humano parece não conseguir compreender as suas próprias histórias para crianças.

Tiago Rodrigues n.º 18 12.º A


A maior flor do mundo de Saramago

A maior flor do mundo, de José Saramago, retrata a história de um menino, corajoso e audaz, que faz tudo para salvar uma flor, atravessando assim a floresta em busca de água para a planta murcha, vindo esta a tornar-se, no final, a mais bela e a maior do mundo.

Assim, as interrogações retóricas finais funcionam, juntamente com este conto, como uma moral, pois os ensinamentos transmitidos às crianças pelos adultos influenciam o seu comportamento.

Mas, por vezes, os adultos esquecem-se de que os valores mais simples que ensinam podem ser bastante valiosos, ou seja, que “pequenos” gestos, como o do menino, fazem com que um ato tão puro e inocente possa mudar a vida e o rumo de um ser.

Porém, estes ensinamentos haviam de estar presentes no nosso dia a dia e não serem rejeitados, pois, e em comparação com o conto, uma simples e sincera atitude de uma criança fez com que brotasse a maior flor do mundo.

Por este motivo é que as histórias para crianças deviam “ser de leitura obrigatória para os adultos”, para que estes não se esquecessem dos valores mais importantes e pudessem, assim, aplicá-los nas suas vidas.

Joana Barbosa n.º 13 12.º A


A maior flor do mundo de Saramago

De facto, por vezes os adultos tentam ensinar às crianças algumas lições que nem eles mesmos põem em prática.

Na história contada no filme constata-se que o que se pretende ensinar é que as plantas devem ser preservadas e cuidadas por todos. Isto é exatamente o contrário do que é feito pelos pais do menino que arrancam a árvore do seu meio natural. Ao contrário destes, a criança esforça-se por salvar uma pequena flor, sendo recompensado por ela. Os pais do menino não estavam a praticar as ações que querem que o seu filho aprenda.

Então, verifica-se que, de facto, os adultos teriam e têm uma certa dificuldade em aplicar no seu dia a dia as lições que tentam ensinar aos mais novos e que vêm retratadas também nos livros infantis. Por isso mesmo, seria de grande utilidade que os livros para crianças fossem lidos por todos os adultos.

Bárbara Martins nº8 12ºA

A maior flor do mundo de Saramago

Toda a criança tem a capacidade de sonhar e imaginar bem mais alto que qualquer adulto, pois olha para a vida como algo com facilidades e onde todos os problemas se tornam meros desafios que ela procura resolver com todo o prazer. Quando cresce e se torna adulta, a criança perde a capacidade de sonhar, cuidar, etc.

Outra característica das crianças é o fator humildade. Uma vez puras e inocentes, as crianças acatam e guardam todos os ensinamentos que o adulto, que elas mais prezam e reconhecem, lhes dá; o que, de certa forma, irá formar o seu caráter.

Quando crescem e se tornam adultas, o orgulho toma o lugar daquele coração que guardava tudo o que aprendia e ouvia. Também vemos que, no seu dia a dia, o adulto revela que tudo o que ensina às crianças, sejam regras sociais, comportamentais e morais, cai no esquecimento. Daí a pergunta retórica do autor.

Enquanto as crianças são bem objetivas e simples, os adultos complicam e problematizam as situações, anulando tudo o que ensinam às crianças.

É essa a descrição e a diferença entre as crianças e os adultos, por isso, os adultos deviam ser como as crianças, ou no mínimo, praticar o que lhes ensinam.

Bárbara Neto, nº9, 12ºA

Oficina de Escrita - II

Os alunos do 12.º ano, face ao desafio da prof. Paula Morais, elaboraram alguns comentários ao fime "A Maior Flor do Mundo" , relacionando a história aí contada com as interrogações retóricas finais:
“E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos?
Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?”
José Saramago



A maior flor do mundo de Saramago

A maior flor do mundo é, sem dúvida, para quem a sabe ler, uma das melhores histórias para crianças e adultos. É um conto para todas as idades que mostra às crianças a beleza da Natureza e aos adultos relembra a infância.

Saramago arriscou, através deste conto, a sua capacidade para escrever para um público tão exigente como as crianças. Ao contarmos esta história a uma criança acompanhada pelos seus pais, sem dúvida que ela irá ter uma opinião muito diferente da dos adultos.

Para ela, esta seria uma história de uma flor que devido à falta de água estava prestes a morrer e, por isso, era urgente saciar-lhe a sede.

Para os pais seria um conto de uma flor que está a morrer, tal como muitas outras, devido à poluição e outras consequências que as atividades antropóticas provocam. Os pais associaram à história uma série de causas e consequências para a flor estar assim.

A diferença entre estas duas visões é que a criança, devido à sua inocência, limita-se a apurar os factos, enquanto os pais tentam arranjar mil e uma maneiras de justificá-los. No entanto, a visão pura das crianças leva os adultos a pensar e a refletir nas histórias, neste conto em especial. Os adultos, por vezes, esquecem-se que também já foram crianças, que não há mal nenhum em apenas viver e sentir como elas. Se é isso que os pais ensinam aos filhos, então eles devem também seguir estes ensinamentos e escutar a voz das crianças, pois estas têm muito para nos ensinar.

Em suma, as perguntas feitas por Saramago são totalmente pertinentes. As histórias que lemos às crianças devem ser lidas por nós primeiramente, pois ensinam muito mais aos adultos do que às crianças. Não só devemos ler estas histórias, como devemos também deixar que as crianças nos contem as suas histórias que, por vezes, são autênticas lições de vida prontas a ser escutadas.

Ana Rodrigues nº1 12ºB

A maior flor do mundo de Saramago

Esta história mostra-nos que a nossa pequenez só o é realmente se nos conformarmos com essa ideia. É verdade que ninguém consegue mudar o mundo sozinho, mas é possível melhorá-lo através de pequenos gestos ao alcance de qualquer um. Muitos de nós fomos descobrindo aos poucos que esse grande sonho não pode ser concretizado e acabamos por nos resignar, mas esquecemo-nos que podemos melhorar outras pequenas coisas que iriam certamente melhorar muitas vidas.

O que este menino fez foi exatamente o que qualquer adulto não faria perante a mesma situação; pois um adulto se não conseguisse salvar toda a floresta diria que não valeria a pena fazer nada. Pelo contrário, este menino, ao ver grande parte da floresta destruída e apesar de obviamente não estar ao seu alcance salvar todas aquelas árvores, decidiu começar por uma pequena e triste planta que se encontrava sozinha. Mesmo sabendo que teria de fazer grandes esforços para a salvar em face de toda aquela imensidão, não desanimou e fez tudo o que pôde. O resultado foi francamente inesperado, mas mais que justo para o esforço de um pequeno mas grande menino.

Em suma, em toda a nossa vida sempre houve e sempre haverá lições a serem aprendidas, quem sabe se aqueles velhos lápis de cor não nos servirão para desenhar a nossa casa de futuro.

Paula Santos n.º 9 12.º B

A Maior Flor do Mundo - I



Os alunos do 12.º ano, face ao desafio da prof. Paula Morais, elaboraram alguns comentários ao fime "A Maior Flor do Mundo" , relacionando a história aí contada com as interrogações retóricas finais:

“E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos?
Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?”
José Saramago

A maior flor do mundo de Saramago

O conto A maior flor do Mundo, de José Saramago, revela-nos não só uma história emocionante, como também, e ao mesmo tempo, uma grande lição acerca de uma realidade mundial à vista de todos, mas ignorada por muitos.

Este conto inicia-se numa zona natural que está sendo progressivamente desflorestada; aí até uma pequena e única árvore plantada é arrancada e levada para um canteiro de uma casa. A partir daqui, é-nos possível constatar a intenção, pelas ferramentas e veículos de destruição, de dizimar por completo aquela floresta. O objetivo é edificar um condomínio de habitações de luxo. A partir daqui, inicia-se um novo capítulo na história. Assiste-se à aventura de uma criança, que corre e explora a floresta à procura do seu suposto escaravelho de estimação; até que chega à parte desflorestada e destruída, onde se depara com apenas uma pequena flor quase a secar e a morrer, no meio de todo aquele deserto e atrocidade humanas. Então, a criança resolve correr até ao rio para levar água à flor, repetindo este ato várias vezes para que esta rejuvenescesse e se salvasse. Para surpresa sua, a flor cresceu sem parar, assumindo um tamanho gigantesco, proporcional ao de toda a floresta.

Assim, esta história comovente, bem como o tamanho monstruoso da flor, é usado como sátira aos atos do Homem. Todo o conto tem como objetivo repreender as nossas ações que intensificam o aquecimento global e contribuem para a extinção de muitas espécies. O tamanho da flor representa um Mundo melhor e a salvo da própria raça humana se todos nós copiássemos o gesto daquela criança; representa aquilo que podíamos alcançar se, ao invés de maltratarmos o nosso planeta, o salvássemos poupando-o à destruição e à poluição a que o temos exposto ao longo dos séculos. De facto, é isto que os adultos tentam incutir nos mais novos. No entanto, a grande questão é saber o porquê de eles ensinarem estes valores, se no fundo, continuam a destruir o nosso planeta.

David Marinho n.º 15 12.º C

A maior flor do mundo de Saramago

A obra A maior flor de mundo de José Saramago mostra-nos a importância dos atos mais simples que cada ser humano concretiza.

A história trata da existência de uma árvore à beira de um girassol. Quando a árvore é tirada por um humano, para seu proveito próprio, o girassol começa a secar, até que um menino, que salta o muro da sua casa, rodeada por um deserto que futuramente iria ser uma urbanização, corre atrás de um escaravelho. Encontra-o perto de uma floresta parcialmente destruída; ao atravessá-la encontra lá o girassol no cimo de um monte, isolado pela falta do verde. Este menino encontra-o a morrer, corre para o rio no meio da floresta e traz, na sua mão, água para alimentar a pequena flor. Este percurso é feito imensas vezes, até que a pequena flor ganha vida e começa a crescer desmesuradamente. Ao fim de ir e voltar tantas vezes, o menino exausto acaba por adormecer à beira da flor e esta, em forma de “agradecimento”, deixa cair uma folha que cobre o menino e lhe dá conforto.

Os pais deste menino, quando não o veem em casa, vão à sua procura até que o encontram à beira do antigo pequeno girassol que se transformou num enorme girassol.

José Saramago não sabia escrever história para crianças, então apresenta esta história contada em plasticina para que o leitor/visionador pudesse apreciar e idealizar uma história à sua maneira, apercebendo-se do que faz no seu dia a dia. Saramago pretendeu mostrar aos adultos, principalmente, o quão necessário é prestar atenção aos pequenos gestos que fazem. A história mostra-nos a parte “egoísta” da humanidade, que acabou com toda a vegetação para construir casas, e ainda tirou a última árvore que restava no cimo de um monte para seu proveito próprio, por mero prazer.

As duas perguntas finais, que o escritor deixa para o leitor/visionador pensar, induzem-nos a meditar sobre se as histórias para crianças serão mesmo só para elas ou se também podem ensinar alguma coisa aos mais velhos, se podem dar lições de vida ou, como vimos no vídeo, mudar os nossos atos egoístas e pensar no que nos rodeia.

Provavelmente, era isto que o grande mestre Saramago pretendia, não dizer concretamente o que se passava, mas sim levar-nos a pensar no que se passava.

Isabel Saavedra n.º 20 12.º C




A maior flor do mundo de Saramago
De acordo com a minha perspetiva, os adultos não têm a mesma capacidade de leitura das crianças, pois a sua imaginação é, de facto, diferente.
A partir das interrogações retóricas que José Saramago coloca, nomeadamente sobre a forma como os adultos e as crianças leem os livros, percebemos que as interpretações são diferentes. Assim, enquanto a atenção da criança é despertada pelo escaravelho (do filme A maior flor do mundo), o adulto dedica a atenção a outros aspetos. José Saramago deixa um desafio às crianças e aos adultos: “tenho muita pena de não saber escrever histórias para crianças. Poderão contá-la doutra maneira com palavras mais simples do que as minhas. E talvez mais tarde venham a saber escrever histórias para crianças”.
Quando um escritor escreve histórias para crianças tem que ter a capacidade de pensar como elas, pois as crianças têm uma forma particular de as fruir: gostam de pensar e imaginar que estão dentro da história.
Em suma, as histórias para crianças devem ser lidas pelas próprias crianças, pois com a imaginação delas as histórias ganham vida, numa outra dimensão que os adultos nem sempre veem.
Ana Costa n.º 4 12.º C

A maior flor do mundo de Saramago
Os adultos e as crianças têm uma visão diferente do mundo, logo os adultos fazem uma interpretação da história diferente visto terem uma vida mais longa com mais experiências. O adulto já não acredita no ‘mundo encantado’ que a criança enfatiza. As crianças reparam em pormenores que um adulto provavelmente não repara, o que muda a interpretação da criança.
Na minha opinião, os livros para crianças deviam ser de leitura obrigatória para os adultos para que estes relembrassem um pouco da sua infância e se deixassem levar pelo ‘mundo encantado’.
Os adultos deviam valorizar a imaginação tal como as crianças, lendo livros infantis. A criança aprende com os adultos e vice-versa, talvez os livros infantis levassem à estimulação da imaginação do adulto pois ao longo dos anos estes perdem a imaginação, perdem as crenças no mundo bonito e colorido em que as crianças acreditam.
Ana Santos n.º 6 12.º C
A maior flor do mundo de Saramago
A Maior Flor do Mundo, conto de José Saramago, aborda a forma como os adultos encaram a literatura infantil. Saramago transforma-se numa personagem e conta-nos que uma vez teve uma ideia para um livro infantil. Inventou uma história sobre um menino que fez nascer a maior flor do mundo, quando este já se encontrava completamente devastado.
As frases citadas pelo autor assim como a sua narrativa revelam que os adultos se encontram incapazes de ensinar aquilo que um dia aprenderam. Tal facto irá levar as crianças a assumir o seu papel, se estes não fizerem nada para o impedir. Os adultos passam a preocupar-se apenas consigo próprios, ao contrário da nova geração que consegue ir mais além.
Saramago aconselha a leitura de livros infantis, como o seu, para que os adultos possam reaprender tudo aquilo que esqueceram, levando os pequenos a ser o que lhes compete sem assumir o papel dos mais crescidos.
Sandra Sousa n.º 24 12.º C

domingo, 10 de abril de 2011

Um lugar para os Clássicos




No passado dia 7 de Abril, ocorreu o 2.º Encontro deste ano, entre os alunos do 1.º A da EB/JI da Corujeira e os alunos de Literatura do 11.º Desta vez, encontramo-nos com Fernando Pessoa e com os seus outros eus.
Falou-se de alguns aspetos da sua vida e obra e, enquanto os alunos de 11.º trouxeram "Poema Pial", "No comboio descendente" e "A fada das crianças", os mais pequenos disseram "Levava eu um jarrinho" e "Havia um menino".

Foi mais um momento para ficar na história destas duas turmas.



sexta-feira, 18 de junho de 2010

Espelho Felino [continuação]




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Espelho Felino [Para memória Futura]


Alguns momentos da apresentação de ESPELHO FELINO, um peça de teatro que nasceu do cruzamento de todas os contos presentes em Princesas, Príncipes, Fadas e Piratas com problemas.






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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Projecto Partilhado de Leitura, Marta Silva, 12.A


A História
Joana era uma menina rica e solitária que brincava sozinha junto ao cedro do jardim de sua casa. Um dia, conheceu Manuel, que vivia num casebre do pinhal. Este menino era pobre e órfão de pai. Como Joana não podia sair de casa, o seu amigo passou a ir brincar com ela todos os dias.
Chegou a Noite de Natal e Joana arranjou-se muito bem. Os adultos estavam numa sala e, como ela não podia entrar, dirigiu-se à outra sala para ver a mesa. Esta estava brilhantemente enfeitada. Joana foi ver a noite estrelada e passou pela cozinha para falar com a cozinheira Gertrudes. Perguntou-lhe se ela sabia que presentes iria receber e esta disse-lhe que não. Então, lembrou-se de perguntar que presentes Manuel receberia e Gertrudes disse-lhe que este não receberia presentes, porque era pobre, no entanto Joana duvidou.

O jantar, repleto de iguarias, foi servido. Seguidamente, dirigiram-se à sala onde estava a árvore de Natal para abrir os presentes. Joana recebeu tudo o que queria.
Quando todos saíram para a Missa do Galo, Joana voltou à cozinha e, novamente, perguntou a Gertrudes que presentes Manuel receberia e esta reafirmou a sua posição. Assim, Joana decidiu que iria, nessa mesma noite, dar todos os presentes a Manuel.
Saiu de casa em direcção ao pinhal, a noite escura fê-la temer, mas não desistiu. No céu havia uma estrela que a guiava e no caminho encontrou três reis: Melchior, Baltazar e Gaspar; estes também seguiam a estrela. Juntos chegaram ao casebre sobre o qual a estrela parou. Este estava iluminado pelo brilho dos anjos que rezavam em redor de Manuel. O menino estava deitado nas palhas e era aquecido pelos bafos de uma vaca e um burro. Esta imagem lembrou-lhe o presépio e Joana viu, que ao contrário do que pensava, não havia tristeza, mas sim alegria. Ajoelhou-se e depositou os presentes no chão.

A Minha Opinião


Para mim, foi um prazer reler este livro. Apesar de já o ter lido várias vezes ao longo da minha vida, ainda sou capaz, cada vez que o leio, de me comover com a bela história de amizade entre duas crianças pertencentes a classes sociais completamente diferentes.
Este livro é um exemplo de que não importa se somos ricos ou pobres, de que o nosso estatuto social não comanda aquilo que sentimos e que, por vezes, as nossas diferenças são aquilo que nos une ainda mais.
Ao longo de todo o livro é bem patente o espírito natalício. Desde a descrição da festa na casa de Joana até àquilo que considero o mais importante, a Generosidade. É fantástico ver que uma simples criança é capaz de ser generosa, ao ponto de doar todos os seus presentes a um amigo que não tem condições para os ter.
Faz-nos recordar que as crianças são o brilho da época natalícia e que a sua bondade dever-se-ia alastrar e contaminar todos os outros, não só no Natal, mas também durante todo o ano.
Joana, quando chega ao casebre onde está Manuel, depara-se com um cenário luminoso, no qual não havia lugar para a tristeza. Podemos, a partir deste cenário, concluir que o mais importante não são as coisas materiais, mas sim as espirituais. Apesar da sua pobreza, Manuel estava feliz e, mesmo não tendo presentes, tinha em seu redor anjos, tinha a protecção que nunca dinheiro algum poderá comprar.
Aconselho a todos aqueles que queiram sonhar e reviver o espírito natalício, a leitura deste livro.

A Opinião da Minha Tia


Adorei ler o livro “A Noite de Natal”, da escritora Sophia de Mello Breyner Andresen e achei as ilustrações de Júlio Resende muito bonitas e perfeitas para a ilustração da história.
Permitiu-me fazer uma leitura suave e enternecedora, porque está escrito com muita simplicidade e clareza, o que permite dar largas à nossa imaginação e quase que viver a vida da menina da história. Considero o livro um conto de encantar.
A lição que se tira ao ler este livro é que a amizade vale mais do que todos os presentes que se possam receber. Que se conseguem vencer os medos, se o objectivo for ajudar quem precisa de nós. Que partilhar o que nos pertence também é uma forma de carinho e amor.
Recomendo a sua leitura a todos os que gostam de ler e recomendo muito mais aos pais e avós que gostam de ler contos às crianças antes de estas adormecerem, porque certamente elas irão gostar e ter bons sonhos.
Aceitem a sugestão e leiam com atenção, porque estas leituras são uma bênção para o nosso coração e permite-nos sonhar que o mundo vai ser melhor.


TRABALHO REALIZADO POR:
Marta Silva

Projecto Partilhado de Leitura, Hugo Bastos, 12.A

Pessoa com quem li o livro
A pessoa que escolhi para ler o livro comigo foi o meu pai, que após alguma insistência da minha parte, lá concordou em fazê-lo.

Livro escolhido e razão da escolha
O livro escolhido foi uma história infantil da Disney chamada “O Marinheiro Simbad”. Eu e o meu pai escolhemos este livro porque não tínhamos muito tempo livre para ler, e também porque assim podíamos recordar um bocado os tempos infantis.Quanto à leitura, primeiro li eu o livro e de seguida leu o meu pai.

Resumo do livro
Este livro fala de um rapaz chamado Simbad que passava os dias a olhar o mar e os navios e só pensava em viajar.Um dia, Simbad, com o dinheiro que herdou do seu pai, comprou um navio e fez-se ao mar.A sua primeira aventura aconteceu ao desembarcar numa espécie de ilha verde, que na realidade era um monstro marinho. O monstro lançou Simbad ao mar e os marinheiros, achando-o morto, foram-se embora no navio, ficando Simbad sozinho no oceano agarrado a um pedaço de madeira. Passados alguns dias, ele chegou a uma ilha, e de lá, regressou a casa.Mas as aventuras de Simbad não ficaram por aqui, mais tarde, fez-se ao mar outra vez e desembarcou numa ilha verdadeira. Nessa ilha, ele fez um piquenique e dormiu uma sesta. Ao acordar reparou que o navio tinha partido e que ele estava sozinho naquela ilha deserta. Avistou um pássaro gigante e amarrou-se à pata dele para sair da ilha. Foi dar por si num vale profundo e o mais extraordinário era que o chão estava coberto de diamantes. Simbad juntou tantos diamantes quantos pôde agarrar e deitou-se no chão com um pedaço de carne, à espera que alguma águia o visse e o agarrasse. Assim aconteceu, e já no cimo das montanhas, encontrou dois homens, que a troco de alguns diamantes o levaram de volta à sua terra.Simbad ficou muito rico e decidiu nunca mais ir para o mar, mas continuava a olhá-lo todos os dias, pois sabia que, apesar de tudo, mais dia menos dia, ainda faria outras viagens.

A minha opinião sobre o livro
Gostei do livro, não só porque gosto de histórias infantis, mas também porque é uma história engraçada. É um livro que mostra as aventuras de um rapaz corajoso, que tem sempre de se desenvencilhar sozinho dos perigos e que acaba por ter um final feliz.

A opinião do meu pai
O meu pai também gostou do livro, apesar de não ser propriamente um livro para a sua idade. Ele gostou de recordar uma história, que acha já ter ouvido na sua infância.

O Cavaleiro da Dinamarca, Bruno Castro (12.A)


O Cavaleiro da Dinamarca


Resumo do Livro:
O livro fala-nos de uma grande viagem que um cavaleiro decidiu fazer até Belém, para visitar a gruta onde nascera Jesus. Este cavaleiro vivia com a família, numa casa no meio da floresta, no Norte da Dinamarca, e tinha em frente à sua casa a maior árvore da floresta: um enorme pinheiro.
No dia de Natal, em família, o cavaleiro decidiu informar a família da sua peregrinação até Belém, informou também que não iria passar o próximo Natal com eles, mas prometeu que no Natal seguinte já estaria em casa para o passar com eles. Ninguém na família lhe pediu para não ir, pois acreditavam que não se deve dizer a um peregrino para não partir.
E assim foi, partiu na Primavera. Chegou à Palestina, seguiu até Jerusalém e passou a noite de Natal na gruta em que Jesus nasceu, cumpriu a sua missão de peregrino. Conheceu um mercador veneziano e ficaram grandes amigos.
Partiram para Itália, mais concretamente para Veneza; o Cavaleiro não imaginava que a cidade fosse tão bela. Mas dias depois, o Cavaleiro decidiu partir para voltar a tempo do Natal, cumprindo a promessa feita à sua família. O mercador ofereceu-lhe um cavalo e cartas de apresentação para ele se apresentar em casa dos homens poderosos do Norte de Itália que eram amigos do mercador.
Passou por Ferrara, Bolonha e chegou a Florença, em Maio.
Alojou-se, então, em casa de um banqueiro, de nome Averardo. Nessa noite, o banqueiro tinha convidado uns amigos para lá irem jantar. O Cavaleiro ficou surpreendido com tanta cultura, ouviu a história de Giotto e Cimabué, de Dante e Beatriz.
Porém teve que partir; a caminho de Génova o Cavaleiro adoeceu. Os frades cuidaram dele mas muito lentamente. O Verão passou e todos os barcos que o levariam desde Génova até à Flandres já tinham partido. O Cavaleiro teve de partir a cavalo e assim foi até Bruges.
Atravessou os Alpes e toda a França a cavalo. Chegou à Flandres já o Inverno tinha chegado. Dirigiu-se para casa de um negociante flamengo, amigo de Averardo. Aí ouviu as histórias de um marinheiro da frota do negociante, as expedições portuguesas em que participara e a descoberta de África. Contou-lhe que o desentendimento das línguas provocara algumas guerras. Mas o dinamarquês continuava sem saber como voltar à sua cidade. Por mar não ia ser de certeza e, então, decidiu efectuar a dura viagem a pé.
Tudo estava gelado, o frio piorou a situação do Cavaleiro, que nunca desistiu, continuou a sua viagem com a vontade de voltar a rever a família. Na antevéspera de Natal chegou a uma pequena povoação perto da sua casa, na floresta, onde encontrou uns amigos que lhe disseram que a família dele estava preocupada com ele e com o seu regresso. Deram-lhe outro cavalo, pois o seu estava coxo e bastante cansado. Continuou a viagem até casa, a maior velocidade. No fim do dia, encontrou um caminho que o levava a uma povoação de lenhadores, que lhe ofereceram uma pequena refeição antes de prosseguir viagem. Os lenhadores bem que o tentaram impedir de continuar pela noite escura, mas ele assim o fez.
No caminho pela floresta deserta e escura, o Cavaleiro perdeu-se e enfrentou o perigo dos lobos e de um urso, aos quais ele disse assustado: “Hoje é noite de trégua, noite de Natal”. Sentiu-se perdido e lembrou-se dos Reis Magos, olhou para o céu mas nenhuma estrela o guiou. Então rezou e, ao longe, começou a notar uma claridade que lhe deu outra esperança. Ocorreu-lhe que outro lenhador estivesse perdido e iria passar a noite com ele ao pé de uma fogueira que ele tinha feito. Dirigiu-se ao local e verificou que os Anjos tinham colocado luzes no grande pinheiro que ficava ao lado da sua casa. O Cavaleiro conseguiu chegar a tempo de passar o Natal com a família. A fé e a persistência fizeram com que conseguisse cumprir a sua promessa. Foi assim que nasceu a tradição do pinheiro de Natal, decorado e iluminado, que a família do Cavaleiro passou a fazer todos os anos. Da Dinamarca, este costume espalhou-se para o resto do mundo.


Conclusão:
Como se pode constatar neste livro, a força de vontade, esperança e desejar intensamente algo, dá uma força extraordinária ao ser humano. O Cavaleiro fez algo que queria: ir até à gruta em que nasceu Jesus, passar lá a noite de Natal e voltar a casa para o Natal seguinte. E assim o fez, lutou até concretizar todos os seus projectos. Isto é uma lição de vida que podemos utilizar, muito embora surja num conto infantil: devemos lembrar-nos que nada se conquista sem esforço e perseverança.


Pessoa escolhida para a leitura:
Escolhi o meu pai, pois quando eu era mais novo foi ele que me ajudou na interpretação do livro para um trabalho de escola. Serviu, assim, para recordarmos partes do livro que já não nos lembrávamos.


Escolha da obra:
Escolhemos o Cavaleiro da Dinamarca de Sophia de Mello Breyner Andresen. Como disse anteriormente, foi uma obra que lemos há uns bons anos e não nos lembrávamos como era todo o livro; visto estarmos na quadra natalícia penso que foi uma escolha válida.


Leitura: Serviu para recordarmos esses tempos passados e também para passarmos um pouco mais de tempo juntos.


Opinião Pessoal:
Pessoalmente gostei da obra, embora seja um livro infantil, faz-nos pensar e repensar na vida, em tudo o que realmente queremos e o que somos capazes de fazer para o conseguir. Há que ter esperança e perseguir tudo o que queremos, com força de vontade e desejo para realizar o que queremos. Assim, as probabilidades de sucesso serão maiores.

Opinião do Familiar (Pai):
Gostou do livro e de recordá-lo também. Concorda com o que é dito no livro; basicamente tivemos a mesma impressão do livro. Ambos concordamos que é preciso ter força para concretizar sonhos e projectos de vida.

domingo, 31 de janeiro de 2010

O Vale da Paixão, de Lídia Jorg., por Ana Sofia Amarante



Projecto Partilhado de Leitura


Pessoa Escolhida: Escolhi a minha mãe para fazer o trabalho comigo, porque é uma leitora assídua e aqui em casa é a que tem mais tempo disponível para este tipo de coisa.

Obra Escolhida: O Vale da Paixão, de Lídia Jorge. Foi escolhido este livro porque a minha mãe é uma eterna romântica; como eu não sou tanto, ela quis transmitir-me essa mensagem através do livro. A minha mãe acredita que existe amor eterno, eu duvido que exista amor, duvido ainda mais que exista algum amor eterno.

Resumo da Obra: As personagens principais são Walter e a sua amada Maria Ema.

Walter Dias era diferente dos seus sete irmãos, Custódio, João, Inácio, Luís, Manuel, Joaquim e Adelina, que se esforçavam e ajudavam o pai, Francisco Dias, a fazer o trabalho na sua herdade e viriam a ser futuros seguidores da profissão do pai: agricultores. Walter não gostava e recusava-se a fazer o trabalho da quinta, não obedecendo às ordens do pai, preferindo sair todos os dias da herdade e ir para longe desenhar pássaros, ir às mulheres e dar-se com traficantes.

Francisco Dias não gostava das atitudes do filho e culpava o professor do filho por Walter ser assim. Walter foi, desde cedo, posto de parte pela família, era considerado a ovelha negra da família.

O pai de Walter desejava que chegasse a altura de este ir para a tropa para poder ter descanso e a família não ficar mais mal vista. Até que essa altura chegou. Mas passados cinco meses, Walter veio a casa no fim-de-semana e a partir daí vinha a casa de mês a mês. Quanto mais o tempo passava, mais Walter se modificava, ficava mais homem.

Walter era muito mulherengo, todas as mulheres que desenhava tinham casos com ele. Numa dessas vindas a casa, Walter teve um caso com Maria Ema e engravidou-a.

Walter partira para o quartel e ia em missão para a Índia, em serviço militar, sem saber da gravidez de Maria Ema. Esta foi torturada pelos pais por ter sexo antes do casamento. Francisco ficou com pena e, como tinha que honrar a família, mandou cartas a Walter para ele vir para casa remediar a situação. Como Walter não respondia nem voltava para casa, resolveu ir ter com o filho ao quartel. Perguntou-lhe se queria vir para casa e casar com Ema ou ir para a Índia. O comandante adiantou-se a Walter e tomou a decisão por ele, dizendo que ele ia para a Índia.

Francisco decidiu então que Custódio, filho mais velho, ia casar com Maria Ema para honrar a família e resolver o problema que o irmão tinha causado. Maria Ema e Walter amavam-se, por isso ela queria esperar por Walter, mas os pais obrigaram-na a casar com Custódio.

Três anos depois, Walter volta da Índia e vê pela primeira vez a sua filha e está com Maria Ema, a mulher que amava. Mas a família de Walter não o queria lá e disse-lhe para sair daquela casa onde não era desejado por ninguém. Walter partiu deixando para trás a filha e a mulher que amava, contra sua vontade.

Passados doze anos, quando os irmãos já tinham partido todos para a América, excluindo Custódio, Maria Ema e respectivos filhos, Walter voltou à casa que era dos pais para ver a filha. Sente-se culpado por ter a abandonado e por não lhe ter dado carinho nem atenção e promete que um dia a vem buscar de vez. Mas, mais uma vez, vai embora.

Os irmãos de Walter, na América, trocam regularmente cartas com Custódio, contando-lhe o que se passa com eles e com Walter.

Walter foi viver para a Argentina. Passados vários anos, a filha foi lá ter já que ele nunca mais voltou para vê-la. Durante vários anos, esta escrevera livros sobre o pai, tudo o que lhe contavam, escrevia num livro. Walter não gostou do que ela escreveu e expulsou-a de sua casa. Mas ela persiste.

Walter morre, deixando à filha uma manta de quando era soldado, que ela deita fora por ter tanta raiva do pai; concluindo que gosta mesmo é de Custódio, que foi, para ela, o seu verdadeiro pai.

Duas frases que mais me sensibilizaram:

· “O problema é que uma mulher que se dá a um, dá-se a todos. Já não presta…”

· “ Cada um tem medo do que pode ter.”

Opinião Pessoal: Esta obra é um romance interessante, embora um pouco cansativo. Penso que as pessoas que acreditam no dito “amor eterno” deviam ler este livro.

Opinião da minha mãe: A minha mãe considera o livro um romance muito bonito, uma verdadeira história de amor. Aconselha a leitura da obra pois pensa que é acessível e agradável de ler.

Trabalho realizado por: Ana Sofia Amarante, nº3, 12ºA

Projecto Partilhado de Leitura – 12.º A

Projecto Partilhado de Leitura

– 12.º A

A professora de Português do 12.ºA, Paula Morais, em conjunto com a turma, decidiu transformar o contrato de leitura num projecto mais amplo que implicasse a participação das famílias dos alunos.

Decorrente dessa decisão, a turma irá construindo este projecto ao longo de todo o ano dado ele implicar vários tipos de actividades.

Este projecto pretende não só fomentar o gosto pela leitura e escrita por parte dos alunos, estimular a leitura reflexiva e sustentada por tomadas de posição válidas, permitir a criação de textos/apresentações com um determinado fim comunicativo, mas também incluir a família dos alunos numa actividade lúdico-construtiva de forma a que, no final, haja uma maior proximidade entre o processo de ensino-aprendizagem dos alunos e a forma como as famílias o acompanham e a constatação de que ler não tem idades, nem barreiras culturais e que pode ser uma forma de se estabelecerem teias de interesses e itinerários comuns ou de os pais regressarem à escola de forma mediada: através das leituras que partilham com os filhos.

Aqui no blogue do Ler é Preciso! iremos acompanhar e registar alguns destes momentos.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Amor de Perdição de Camilo Castelo Branco com alguma poesia à mistura

No dia 13 de Fevereiro, o 11º C e o 3ºA voltaram a encontrar-se. Desta vez o pretexto foi a novela de Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição.

Dona Miquelina, o seu filho e a professora | Sara Monteiro


"Dona Miquelina estava a beber sumo de laranja quando lhe bateram à porta duas vezes: truz-truz. E mais outra. Truz. Era o carteiro.
- Olá, senhor carteiro.- Dona Miquelina, como vai?
- Vou muito bem, obrigada. Que traz hoje para mim dentro desse seu saco tão fundo?
- Para si, uma carta registada.
- Uma carta registada! De quem será? Adeus, senhor carteiro, passe bem. Cumprimentos aos seus gatos.
- Serão entregues. Adeus, Dona Miquelina.
Dona Miquelina acabou de beber o sumo, vestiu-se e foi para a rua. Entrou na padaria.
Sabe uma coisa intrigante, senhora padeira? Recebi agora mesmo uma carta da professora do meu filho a pedir-me para ir lá conversar com ela ao fim da manhã. Que será que ela me quer?- Ah! Deve ser para lhe tecer os mais rasgados elogios. Que poderá ela querer? Um menino tão bonito…
Dona Miquelina pagou e entrou na mercearia.
- Muito bom dia, senhor merceeiro. Quer ouvir uma coisa engraçada?
Recebi agora mesmo uma carta da professora do meu filho para ir trocar umas impressões com ela ao fim da manhã.
- Oh! Dona Miquelina, quanta honra! Deve ser partilhar consigo a admiração por essa maravilhosa criança. Que outra coisa poderia ser?
Dona Miquelina pagou os legumes e foi à frutaria.
- Olá, senhor fruteiro. Veja lá que hoje recebi uma carta da professora do meu filho a pedir-me para ir à escola ao fim da manhã."


É assim que começa a história que Sara Monteiro escreveu e Catarina Marques ilustrou.
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Dona Miquelina, o seu filho e a professora | Sara Monteiro



No dia 15 de Dezembro, os alunos de Literatura Portuguesa, do 11ºC, foram até à sala do 3ºA, na Eb1 da Corujeira ler a história de Sara Monteiro - Dona Miquelina, o seu filho e a professora. Temos de agradecer a atenção que nos dispensaram e a simpatia com que nos receberam. Obrigada!

D. Miquelina

Foi este o desafio que o 11ºC - Literatura Portuguesa - colocou, em Dezembro, ao 3º A da Escola da Corujeira...

terça-feira, 1 de abril de 2008

Diário de um Louco, de Gogol, por Juliana Monteiro

Diário de um Louco, de Gogol

Trata-se de uma história escrita na primeira pessoa, uma vez que é um diário, onde assistimos ao delírio e fragmentação da identidade do personagem principalComo em todos os contos de Gogol, predomina também aqui uma mistura de real e de fantasia. Enquanto leitora, este conto trouxe-me alguma "amargura" por estar a assistir ao sofrimento da personagem.
"Como tem a forma de diário, este é o único livro de ficção do autor escrito na primeira pessoa. O herói, o eterno funcionário miserável de Gógol, assume em Diário de Um Louco, apesar e, talvez, por causa do delírio psicótico em que se refugia, contornos muito humanos e comoventes. Como sempre, a arte gogoliana de misturar o real e o fantástico, o normal e o patológico, o razoável e o delírio, imperam em Diário de Um Louco, a ponto de o leitor se sentir desconfortavelmente a assistir ao sofrimento de um ser humano a quem a identidade se vai estilhaçando com a rapidez e a intensidade de um pequeno conto."
(excerto da introdução, Filipe Guerra)


Juliana Monteiro