A História
Joana era uma menina rica e solitária que brincava sozinha junto ao cedro do jardim de sua casa. Um dia, conheceu Manuel, que vivia num casebre do pinhal. Este menino era pobre e órfão de pai. Como Joana não podia sair de casa, o seu amigo passou a ir brincar com ela todos os dias.
Chegou a Noite de Natal e Joana arranjou-se muito bem. Os adultos estavam numa sala e, como ela não podia entrar, dirigiu-se à outra sala para ver a mesa. Esta estava brilhantemente enfeitada. Joana foi ver a noite estrelada e passou pela cozinha para falar com a cozinheira Gertrudes. Perguntou-lhe se ela sabia que presentes iria receber e esta disse-lhe que não. Então, lembrou-se de perguntar que presentes Manuel receberia e Gertrudes disse-lhe que este não receberia presentes, porque era pobre, no entanto Joana duvidou.
O jantar, repleto de iguarias, foi servido. Seguidamente, dirigiram-se à sala onde estava a árvore de Natal para abrir os presentes. Joana recebeu tudo o que queria.
Quando todos saíram para a Missa do Galo, Joana voltou à cozinha e, novamente, perguntou a Gertrudes que presentes Manuel receberia e esta reafirmou a sua posição. Assim, Joana decidiu que iria, nessa mesma noite, dar todos os presentes a Manuel.
Saiu de casa em direcção ao pinhal, a noite escura fê-la temer, mas não desistiu. No céu havia uma estrela que a guiava e no caminho encontrou três reis: Melchior, Baltazar e Gaspar; estes também seguiam a estrela. Juntos chegaram ao casebre sobre o qual a estrela parou. Este estava iluminado pelo brilho dos anjos que rezavam em redor de Manuel. O menino estava deitado nas palhas e era aquecido pelos bafos de uma vaca e um burro. Esta imagem lembrou-lhe o presépio e Joana viu, que ao contrário do que pensava, não havia tristeza, mas sim alegria. Ajoelhou-se e depositou os presentes no chão.
A Minha Opinião
Para mim, foi um prazer reler este livro. Apesar de já o ter lido várias vezes ao longo da minha vida, ainda sou capaz, cada vez que o leio, de me comover com a bela história de amizade entre duas crianças pertencentes a classes sociais completamente diferentes.
Este livro é um exemplo de que não importa se somos ricos ou pobres, de que o nosso estatuto social não comanda aquilo que sentimos e que, por vezes, as nossas diferenças são aquilo que nos une ainda mais.
Ao longo de todo o livro é bem patente o espírito natalício. Desde a descrição da festa na casa de Joana até àquilo que considero o mais importante, a Generosidade. É fantástico ver que uma simples criança é capaz de ser generosa, ao ponto de doar todos os seus presentes a um amigo que não tem condições para os ter.
Faz-nos recordar que as crianças são o brilho da época natalícia e que a sua bondade dever-se-ia alastrar e contaminar todos os outros, não só no Natal, mas também durante todo o ano.
Joana, quando chega ao casebre onde está Manuel, depara-se com um cenário luminoso, no qual não havia lugar para a tristeza. Podemos, a partir deste cenário, concluir que o mais importante não são as coisas materiais, mas sim as espirituais. Apesar da sua pobreza, Manuel estava feliz e, mesmo não tendo presentes, tinha em seu redor anjos, tinha a protecção que nunca dinheiro algum poderá comprar.
Aconselho a todos aqueles que queiram sonhar e reviver o espírito natalício, a leitura deste livro.
A Opinião da Minha Tia
Adorei ler o livro “A Noite de Natal”, da escritora Sophia de Mello Breyner Andresen e achei as ilustrações de Júlio Resende muito bonitas e perfeitas para a ilustração da história.
Permitiu-me fazer uma leitura suave e enternecedora, porque está escrito com muita simplicidade e clareza, o que permite dar largas à nossa imaginação e quase que viver a vida da menina da história. Considero o livro um conto de encantar.
A lição que se tira ao ler este livro é que a amizade vale mais do que todos os presentes que se possam receber. Que se conseguem vencer os medos, se o objectivo for ajudar quem precisa de nós. Que partilhar o que nos pertence também é uma forma de carinho e amor.
Recomendo a sua leitura a todos os que gostam de ler e recomendo muito mais aos pais e avós que gostam de ler contos às crianças antes de estas adormecerem, porque certamente elas irão gostar e ter bons sonhos.
Aceitem a sugestão e leiam com atenção, porque estas leituras são uma bênção para o nosso coração e permite-nos sonhar que o mundo vai ser melhor.
TRABALHO REALIZADO POR:
Marta Silva
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