domingo, 31 de janeiro de 2010

O Vale da Paixão, de Lídia Jorg., por Ana Sofia Amarante



Projecto Partilhado de Leitura


Pessoa Escolhida: Escolhi a minha mãe para fazer o trabalho comigo, porque é uma leitora assídua e aqui em casa é a que tem mais tempo disponível para este tipo de coisa.

Obra Escolhida: O Vale da Paixão, de Lídia Jorge. Foi escolhido este livro porque a minha mãe é uma eterna romântica; como eu não sou tanto, ela quis transmitir-me essa mensagem através do livro. A minha mãe acredita que existe amor eterno, eu duvido que exista amor, duvido ainda mais que exista algum amor eterno.

Resumo da Obra: As personagens principais são Walter e a sua amada Maria Ema.

Walter Dias era diferente dos seus sete irmãos, Custódio, João, Inácio, Luís, Manuel, Joaquim e Adelina, que se esforçavam e ajudavam o pai, Francisco Dias, a fazer o trabalho na sua herdade e viriam a ser futuros seguidores da profissão do pai: agricultores. Walter não gostava e recusava-se a fazer o trabalho da quinta, não obedecendo às ordens do pai, preferindo sair todos os dias da herdade e ir para longe desenhar pássaros, ir às mulheres e dar-se com traficantes.

Francisco Dias não gostava das atitudes do filho e culpava o professor do filho por Walter ser assim. Walter foi, desde cedo, posto de parte pela família, era considerado a ovelha negra da família.

O pai de Walter desejava que chegasse a altura de este ir para a tropa para poder ter descanso e a família não ficar mais mal vista. Até que essa altura chegou. Mas passados cinco meses, Walter veio a casa no fim-de-semana e a partir daí vinha a casa de mês a mês. Quanto mais o tempo passava, mais Walter se modificava, ficava mais homem.

Walter era muito mulherengo, todas as mulheres que desenhava tinham casos com ele. Numa dessas vindas a casa, Walter teve um caso com Maria Ema e engravidou-a.

Walter partira para o quartel e ia em missão para a Índia, em serviço militar, sem saber da gravidez de Maria Ema. Esta foi torturada pelos pais por ter sexo antes do casamento. Francisco ficou com pena e, como tinha que honrar a família, mandou cartas a Walter para ele vir para casa remediar a situação. Como Walter não respondia nem voltava para casa, resolveu ir ter com o filho ao quartel. Perguntou-lhe se queria vir para casa e casar com Ema ou ir para a Índia. O comandante adiantou-se a Walter e tomou a decisão por ele, dizendo que ele ia para a Índia.

Francisco decidiu então que Custódio, filho mais velho, ia casar com Maria Ema para honrar a família e resolver o problema que o irmão tinha causado. Maria Ema e Walter amavam-se, por isso ela queria esperar por Walter, mas os pais obrigaram-na a casar com Custódio.

Três anos depois, Walter volta da Índia e vê pela primeira vez a sua filha e está com Maria Ema, a mulher que amava. Mas a família de Walter não o queria lá e disse-lhe para sair daquela casa onde não era desejado por ninguém. Walter partiu deixando para trás a filha e a mulher que amava, contra sua vontade.

Passados doze anos, quando os irmãos já tinham partido todos para a América, excluindo Custódio, Maria Ema e respectivos filhos, Walter voltou à casa que era dos pais para ver a filha. Sente-se culpado por ter a abandonado e por não lhe ter dado carinho nem atenção e promete que um dia a vem buscar de vez. Mas, mais uma vez, vai embora.

Os irmãos de Walter, na América, trocam regularmente cartas com Custódio, contando-lhe o que se passa com eles e com Walter.

Walter foi viver para a Argentina. Passados vários anos, a filha foi lá ter já que ele nunca mais voltou para vê-la. Durante vários anos, esta escrevera livros sobre o pai, tudo o que lhe contavam, escrevia num livro. Walter não gostou do que ela escreveu e expulsou-a de sua casa. Mas ela persiste.

Walter morre, deixando à filha uma manta de quando era soldado, que ela deita fora por ter tanta raiva do pai; concluindo que gosta mesmo é de Custódio, que foi, para ela, o seu verdadeiro pai.

Duas frases que mais me sensibilizaram:

· “O problema é que uma mulher que se dá a um, dá-se a todos. Já não presta…”

· “ Cada um tem medo do que pode ter.”

Opinião Pessoal: Esta obra é um romance interessante, embora um pouco cansativo. Penso que as pessoas que acreditam no dito “amor eterno” deviam ler este livro.

Opinião da minha mãe: A minha mãe considera o livro um romance muito bonito, uma verdadeira história de amor. Aconselha a leitura da obra pois pensa que é acessível e agradável de ler.

Trabalho realizado por: Ana Sofia Amarante, nº3, 12ºA

Projecto Partilhado de Leitura – 12.º A

Projecto Partilhado de Leitura

– 12.º A

A professora de Português do 12.ºA, Paula Morais, em conjunto com a turma, decidiu transformar o contrato de leitura num projecto mais amplo que implicasse a participação das famílias dos alunos.

Decorrente dessa decisão, a turma irá construindo este projecto ao longo de todo o ano dado ele implicar vários tipos de actividades.

Este projecto pretende não só fomentar o gosto pela leitura e escrita por parte dos alunos, estimular a leitura reflexiva e sustentada por tomadas de posição válidas, permitir a criação de textos/apresentações com um determinado fim comunicativo, mas também incluir a família dos alunos numa actividade lúdico-construtiva de forma a que, no final, haja uma maior proximidade entre o processo de ensino-aprendizagem dos alunos e a forma como as famílias o acompanham e a constatação de que ler não tem idades, nem barreiras culturais e que pode ser uma forma de se estabelecerem teias de interesses e itinerários comuns ou de os pais regressarem à escola de forma mediada: através das leituras que partilham com os filhos.

Aqui no blogue do Ler é Preciso! iremos acompanhar e registar alguns destes momentos.