terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Dona Miquelina, o seu filho e a professora | Sara Monteiro


"Dona Miquelina estava a beber sumo de laranja quando lhe bateram à porta duas vezes: truz-truz. E mais outra. Truz. Era o carteiro.
- Olá, senhor carteiro.- Dona Miquelina, como vai?
- Vou muito bem, obrigada. Que traz hoje para mim dentro desse seu saco tão fundo?
- Para si, uma carta registada.
- Uma carta registada! De quem será? Adeus, senhor carteiro, passe bem. Cumprimentos aos seus gatos.
- Serão entregues. Adeus, Dona Miquelina.
Dona Miquelina acabou de beber o sumo, vestiu-se e foi para a rua. Entrou na padaria.
Sabe uma coisa intrigante, senhora padeira? Recebi agora mesmo uma carta da professora do meu filho a pedir-me para ir lá conversar com ela ao fim da manhã. Que será que ela me quer?- Ah! Deve ser para lhe tecer os mais rasgados elogios. Que poderá ela querer? Um menino tão bonito…
Dona Miquelina pagou e entrou na mercearia.
- Muito bom dia, senhor merceeiro. Quer ouvir uma coisa engraçada?
Recebi agora mesmo uma carta da professora do meu filho para ir trocar umas impressões com ela ao fim da manhã.
- Oh! Dona Miquelina, quanta honra! Deve ser partilhar consigo a admiração por essa maravilhosa criança. Que outra coisa poderia ser?
Dona Miquelina pagou os legumes e foi à frutaria.
- Olá, senhor fruteiro. Veja lá que hoje recebi uma carta da professora do meu filho a pedir-me para ir à escola ao fim da manhã."


É assim que começa a história que Sara Monteiro escreveu e Catarina Marques ilustrou.
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