(exercício de rescrita de O Aquário, sem utilizar o "i")
Num belo espaço repleto de água, moravam três seres da cor do mar, com guelras que em vez de pulmões. Nadavam os três sempre contentes, até que o dono do receptáculo, um jovem rapaz trouxe um novo ser com escamas e guelras para as mesmas águas. Era um belo ente vermelho e luzente, porém a sua beleza trouxe-lhe contratempos. Ele nadava sempre só e não se chegava ao sustento, com medo dos outros três. Ele estava quase já só uma sombra, quando chegou um novo morador. Tratava-se de um ser grande, sabedor, negro e com duas barras vermelhas. Depressa, se tornaram bons colegas. Almoçavam e folgavam juntos, para grande mágoa dos outros três. Mas algo correu mal e os seres de escamas e guelras adoeceram. Só o vermelho aguentou e ajudou todos os outros. Ele esfalfava-se a tentar amparar todos, mas as suas forças começaram a desaparecer. Nessa altura, resolveu rogar ajuda ao rapaz que, por sua vez, recorreu ao seu ente paterno. Os humanos trocaram a água do receptáculo e tudo melhorou. O vermelho usou a conjuntura para mostrar aos da cor do céu que a culpa não era do negro. Entre todos floresceu uma bela relação de afecto: que bom é vê-los agora a nadar todos contentes no seu espaço.
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